O investimento em empresas é um caminho interessante para quem busca negócios lucrativos. Porém, antes de alocar recursos num novo projeto, você precisa conhecer uma info...

O investimento em empresas é um caminho interessante para quem busca negócios lucrativos. Porém, antes de alocar recursos num novo projeto, você precisa conhecer uma informação básica: a diferença entre sócio e acionista. Isso diz respeito não só ao modelo contábil da organização, mas também às responsabilidades dos participantes. Continue a leitura para saber os detalhes.

Como diferenciar sócio e acionista

Para explicar a diferença entre acionista e sócio, primeiro devemos citar dois modelos societários bastante comuns no Brasil. Estamos nos referindo às sociedades por cotas com responsabilidade limitada (LTDA) e às sociedades anônimas (S/A).

Uma sociedade limitada é constituída por um grupo de sócios. Cada um deles possui quotas do capital social da empresa. Os participantes também respondem legalmente por eventuais dívidas da companhia, de modo que podem ter o patrimônio pessoal utilizado para liquidar débitos trabalhistas ou fiscais.

Já o modelo S/A tem o capital social dividido em ações na bolsa de valores. Portanto, quem adquire esses papéis se torna um acionista do empreendimento. A participação dessa pessoa no negócio fica restrita ao aspecto financeiro, sem responsabilização por dívidas ou outros problemas administrativos.

Ou seja: se você se interessa apenas em encontrar novas formas de investimento, adquirir ações de uma sociedade anônima parece o caminho natural, certo? Afinal de contas, o risco está restrito à variação de preço dos ativos, sem as complicações de ser dono de um negócio.

Porém, há muitas empresas promissoras que ainda não são S/A. Tal estrutura tem um custo mais alto, então negócios iniciantes acabam se enquadrando no modelo LTDA. Ainda assim, é possível alocar recursos nesses estabelecimentos sem virar sócio. A via alternativa está na modalidade conhecida como equity crowdfunding.

Equity crowdfunding: invista numa empresa sem virar sócio

Quem deseja investir em empresas do tipo sociedade limitada, mas não quer entrar no quadro societário do empreendimento, pode aderir ao equity crowdfunding. Nessa modalidade, o investidor aloca uma quantia e recebe, em troca, uma nota conversível em ações.

O documento funciona como uma espécie de promissória. Assim que a companhia se torna uma sociedade anônima, o valor do investimento pode ser convertido em ações.

Em outras palavras, o investidor começa como credor, pois “empresta” uma quantia aos sócios da empresa. Depois, quando o negócio cresce, torna-se acionista e passa a receber dividendos. Em nenhum momento a responsabilização por dívidas trabalhistas ou por demandas fiscais relacionadas à empreitada.

Resumindo, o contrato garante participação na empresa (equity), mas protegendo o patrimônio pessoal do investidor. Ótimo, né? E o mais interessante do equity crowdfunding é que os ativos podem ser vendidos no futuro por cifras bem superiores ao preço de compra. Basta escolher os empreendimentos mais promissores – aqueles com potencial de conquistar mercado e dar lucro no longo prazo.

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Esse artigo não é uma recomendação de investimento.